Arquivo diário: julho 9, 2013

Lady Stop!

Sempre me considerei forte, já passei por muitos desafios na minha vida e sou do tipo que não é qualquer coisa que me derruba.
Mas acontece que muitas vezes precisamos nos sentir frágeis para começar a se perceber. Pra mim doença, lesão, suricutico representam isso, uma mudança.
Desde que comecei a correr imaginava que pelo meu porte (1,78) não sofreria nenhuma lesão. Essas coisas aconteciam com as outras pessoas, comigo não!
Tudo começou com os treinos da meia maratona.
Estava bem, tudo ia bem, fluindo, o vento gelado batendo no meu rosto de manhã, eu me sentindo a super corredora com meu Asics e com minha sainha de corrida (super aderi), meu boné rosa, minha toalhinha na cintura, tudo estava saindo na mais perfeita normalidade. Nos dias de tiros, sentia muito medo de não dar conta, mas mesmo assim fazia sempre uns três tiros a mais, afinal de contas eu podia fazer mais três de 400m ou mais dois de 800m, né?
Né não fia.
Comecei a sentir dor, mas pensava que com um alongamentozinho aqui e outro ali eu poderia seguir livremente à caminho da Meia do Rio, e desprezei a dor que tentava gentilmente me alertar sobre as consequências daquela carga toda de treinamento.
Até que uma outra dor na parte posterior da coxa começou, mais um incômodo do que uma dor que irradiava até o final da perna. Ali minha pulga começou a coçar mais, pois eu alongava e o incômodo não passava.
Pedi um contato de Fisioterapeuta e me mandaram consultar um ortopedista. Ali eu já fiquei mais cabreira ainda, ortopedista = osso… ai Jesus, Ave Maria, Nossa Senhora dos Corredores dai-me forças.
Vou resumir, desgaste do osso do fêmur ao tocar no osso da bacia. Na hora que vi o Raio-X fiquei mais tensa do que nunca. O médico me pediu uma ressonância e disse a frase mais horrível que alguém poderia me dizer:
– Vc não pode correr, bicicleta talvez. Vamos aguardar o resultado da ressonância.
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Aquilo soou como uma porrada na cara. Parar de correr, como é possível?
To aqui mantendo o controle, respirando e esperando os outros exames para ter um parecer final sobre o problema.
Minha esperança é sustentada pelo saber da não gravidade da lesão, isso é um UFA gigante, e mais, outras pessoas já passaram por isso e voltaram a correr após o devido tratamento.
Então caros colegas corredores, cuidem-se, qualquer sinal de dor, procurem um especialista! Não façam como a mamãe aqui que corria sem saber o dia de amanhã…
Um beijo e pra quem pode correr, muitos kms!!